BA-BAHIANAS LEVA 100 MIL PESSOAS ÀS RUAS DE SV NO DOMINGO DE CARNAVAL

Festa reúne 12 trios-elétricos e é marcada pela paz e a presença de pessoas de todas as idades

Animação, irreverência, bom humor... Estas foram algumas das sensações observadas na passagem do bloco Ba-Bahianas Sem Tabolero pelas ruas de São Vicente, neste domingo (14/02). Mais de 100 mil pessoas escolheram curtir o carnaval de rua com alegria e segurança, numa das maiores festas do Estado de São Paulo. Dona Marilena Martins, de 77 anos, não perde uma festa do Ba-Bahianas. “Moro aqui há mais de 40 anos e a cada ano o bloco fica melhor, mais organizado”. Esta também é a opinião de Sílvio Garcia, de 79 anos. Ele comenta ainda que atualmente mora em Santos, mas que não perde a passagem do bloco, que ele considera uma festa “bonita e familiar”. A concentração foi no Parque Bitaru às 10 horas. Por volta das 11h15, os 12 trios-elétricos começaram a sair, em fila, e carregaram os foliões que passam o ano todo esperando por esta festa. Na passagem pela Rua Marques de São Vicente, próximo ao Parque Cultural Vila de São Vicente, muitos moradores dos prédios jogaram, de suas sacadas e das janelas, baldes de água para refrescar os foliões. Teve até “mangueirada” (jatos de água) para amenizar o calor forte de quase 40 graus. Os trios passaram ainda pela Praça 22 de Janeiro, ruas Padre Anchieta, Frei Gaspar, e terminaram o percurso na Orla da Praia do Gonzaguinha. O prefeito Tercio Garcia saudou os foliões. “São Vicente passa a se tornar referência no Estado no que diz respeito à Carnaval”, comenta, ressaltando os 75 anos do Ba-Bahianas. Depois de mais de 50 anos sem participar da festa, os fundadores foram uma atração à parte no bloco. Lino Sbravati, ao lado do atual presidente do Bloco, Nazir Estéfano, agradeceu todo o apoio na manutenção da história do Ba-Bahianas. Outra personalidade que atraiu olhares na passagem do primeiro bloco foi Marissol Dias, a índia Bartira, madrinha do bloco em 2010. Desde 2008, o Bloco Ba-Bahianas Sem Taboleiro é considerado patrimônio imaterial da Cidade pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural de Turístico de São Vicente.