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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Muita tecnologia no 1o. dia da Encenação de São Vicente

"Encenação de São Vicente 2010": Tecnologia encanta público na estreia.

Primeiro dia da Encenação emociona plateia e atores.

Um show de tecnologia. A cortina de água com imagens e efeitos multicoloridos foi a grande sensação na estreia da 28ª da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, na noite desta segunda-feira (18/01). Utilizada pela primeira vez no evento, o recurso tecnológico misturou-se às cenas tradicionais, ajudando a recontar o surgimento da Primeira Cidade do Brasil.

Oito mil expectadores lotaram as arquibancadas na arena montada na praia do Gonzaguinha. A receptividade da plateia contagiou o elenco principal, que se mostrou emocionado. "Confirmei o que Ary Fontoura já tinha me falado: o espetáculo é maravilhoso", disse o "Martim Afonso", Henri Castelli. Sobre a participação popular, teceu elogios. "Fiquei impressionado com os atores da comunidade, que interagem o tempo todo, principalmente as crianças".

Juliana Knust, que vive Ana Pimentel, esposa do navegador, não escondeu a sua empolgação. "É uma grande loucura. Nunca enecenei para tanta gente na minha vida. É maravilhoso. A receptividade é linda e felizmente deu tudo certo". A expectativa para as próximas seis apresentações também é grande. "O frio na barriga da estreia vai continuar. Sei que não vou me acostumar nesses sete dias", disse, mostrando-se contente com a participação.

Cissa Guimarães, que personifica o continente América, revelou que integrar o elenco é um desejo realizado. "Aceitei sem saber qual personagem viveria. Quando soube que seria América, quis mais ainda estar presente". Para a atriz, o espetáculo é uma iniciativa muito importante em termos culturais e elogiou o empenho do elenco popular. "É uma festa da comunidade, que ensaia desde novembro".

Representando a Europa, Rogéria saiu de cena maravilhada. "Superou tudo o que eu esperava. Foi muito gostoso". Júlio Rocha também mostrou-se surpreendido com a grandeza do espetáculo. "Quando estamos na arena, ficamos tão focados que parece que tudo acontece em poucos segundos. Eu me sinto muito bem em ter feito parte disso".

Em sua sexta participação na peça ao ar livre, Nuno Leal Maia contou que é uma satisfação dar vida ao navegador Pedro Álvares Cabral. "Sempre fiz o Padre Gonçalo Monteiro e este novo personagem é um grande desafio".

No papel da Índia Bartira, a vicentina de coração Marissol Dias superou o nervosismo da estreia. "Deu tudo certo e cada dia vai ser uma nova etapa. Sinto que a responsabilidade é grande em representar a minha cidade, mas senti que o público me aceitou".

O prefeito de São Vicente, Tercio Garcia, elogiou a garra dos vicentinos. "É uma grande aula de história ao ar livre e este ano não foi diferente. A comunidade mostrou que pode se superar e montou um lindo espetáculo". O prefeito destacou ainda o viés democrático, que foi o tema deste ano.

Já o secretario de Cultura de São Vicente, Renato Caruso, agradeceu o empenho de todos que contribuíram com a Encenação. "Desde a criança, passando pelos cenógrafos e maquiadores, até o grande elenco, todos estão de parabéns por mostrar que vale a pena investir em cultura. Foi tudo perfeito e até o tempo colaborou", disse.

Outras cidades – O prefeito de São Caetano do Sul, José Auriccho (PTB), foi um dos visitantes da estreia. "Conhecia de tanto ouvir falar, mas vendo é totalmente diferente. É um impacto do ponto de vista cultural". Auriccho fez questão de agradecer ao prefeito Tercio Garcia e ao deputado federal Márcio França pelo convite. "A participação da comunidade é empolgante. Em 2010 trarei uma comitiva cultural de São Caetano para aprender com o povo vicentino".

Prefeito de Juquiá, Mohsen Hojeije ou "Merce" (PTB), no Vale do Ribeira, veio pela primeira vez assistir a apresentação. "Foi deslumbrante e emocionante ver a história de São Vicente e a do Brasil". Lembrando da feira cultural que está montada do lado de fora da arena, com produtos do Vale do Ribeira, Marce destacou a importância da iniciativa. "É importante não apenas culturalmente, mas para divulgar o potencial da região, com a pesca, palmito e artesanato. Fico feliz de ver este envolvimento".

"Melhor Encenação" – Se para os atores interpretar em São Vicente foi emocionante, esta comoção foi correspondida em forma de aplausos pelo público de 8 mil pessoas que lotou a arena do Gonzaguinha. "Venho todos os anos e esta foi a melhor Encenação que já assisti", afirmou Thiani Paixão. "Esta é a sétima vez que venho e foi uma ótima surpresa o espelho de água. Valeu a pena vir novamente", conta Maria Aparecida de Melo. Para quem assistiu pela primeira vez, não faltaram elogios. "Achei diferente de tudo o que já vi", revela Marcelo Henriques. Madalena de Souza, que mora em São Vicente há 30 anos, confessou ter assistido pela primeira vez. "O espelho de água foi algo mágico. Fico sem palavras". Para Renata Cândido, "os coringas trouxeram grande animação e adorei os efeitos visuais", disse, referindo-se à cortina de água.

Com 1h40 de duração, o espetáculo acontece diariamente até domingo (24/01), sempre a partir das 21 horas, na arena montada na praia do Gonzaguinha – mesmo local onde aportaram as caravelas de Martim Afonso de Sousa.

Homenagem – Também foi entregue o troféu "Todo Poder Vem do Voto". Personalidades, autoridades e instituições que lutaram pela democracia no Brasil serão lembradas durante a semana. Nesta segunda-feira, dom Paulo Evaristo Cardeal Arns (representado por Fernando Altmeyer) e o ex-deputado federal Ricardo Zarattini Filho foram agraciados. "É maravilhoso vir a São Vicente para receber este troféu. Trata-se do reconhecimento de uma luta de anos e que valeu à pena", disse Zarattini.

Também prestigiaram o evento o deputado federal Márcio França; os deputados estaduais, Luciano Batista e Bruno Covas; o vice-prefeito e secretário de Transportes, Segurança e Defesa Social de São Vicente, Sargento Barreto; os vereadores Caio França, Diogo Batista, Eronaldo José de Oliveira (Ferrugem), Gilberto Rampon, José Eduardo, José Soares, Juracy Francisco de Jesus (Jura), Marcelo Correia, Marco Bitencourt, Pedro Gouvêa, Roberto Rocha, Valter Vera, Wilson Vargas (Tica); os vereadores de São Caetano do Sul, Mauricio Fernandes, Sidnei Bezerra; o vereador de Ribeirão Pires, Dalton Ramada. Também estiveram presentes o subprefeito da Área Continental, Ulisses Garavatti; os secretários municipais de Desenvolvimento Urbano e Manutenção Viária, Léo Santos; da Educação, Tânia Simões; de Negócios Jurídicos, Flávia Cunha; da Saúde, Cláudio França; de Governo, Jânio Benith; da Administração, João Jorge Fernandes; de Segurança Alimentar e Combate à Fome, Daniel Martines; de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos, Elizabeth Correia; de Imprensa e Comunicação Social, Clóvis Vasconcellos; de Cultura, Renato Caruso; de Assistência Social, Márcia Garcia; de Turismo, Brito Coelho; de Planejamento e Gestão Orçamentária, Emerson dos Santos; de Projetos Especiais, Paulo de Souza; o presidente da Codesavi, Márcio Perretti Papa; o comandante da Guarda Municipal de São Vicente, Paulo Paixão; a assessora especial de Assuntos da Mulher, Lídia Ileck; a ex-deputada federal, Mariângela Duarte; e a residente da ADESAF, Fernanda Gouvêa.



Foto: Marcio Pinheiro/PMSV/Divulgação


Saiba tudo sobre a Encenação:

Democracia é destaque

Um marco. Sediar a Primeira Câmara das três américas e ser o berço da democracia faz de São Vicente uma das cidades mais importantes do Brasil e do Continente. E esta história será retratada de 18 a 24 de janeiro, sempre às 20 horas, na gigantesca arena/palco de 20 mil m² instalada na Praia do Gonzaguinha, na 28ª edição da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente. Em 2010 o foco do espetáculo será "Todo Poder Vem do Voto. São Vicente, a Primeira Democracia das Américas" e a Importância da Mulher. A realização é da Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e faz parte dos festejos dos 478 anos de São Vicente.

A Encenação deste ano começou a ser pensada ainda em 2009. E o processo democrático foi o destaque durante todo o ano. O roteiro foi escolhido por meio de concurso popular, com a participação da comunidade no Prêmio Nacional de Dramaturgia Ronaldo Frutuoso; outro concurso, para definir a Índia Bartira, reuniu mais de 400 candidatas de toda a Baixada Santista, e a escolhida, por meio da participação do povo, foi Marissol Dias. Serão 1.270 atores da comunidade, recorde em todas as 28 edições.

Para dar mais força à Encenação,os atores renomados Henri Castelli, Juliana Knust, Júlio Rocha, Cissa Guimarães, Nuno Leal Maia e Rogéria, junto com a comunidade encenam no local onde o navegador português Martim Afonso de Sousa aportou em 1532. O prefeito de São Vicente, Tercio Garcia, ressalta a importância histórica do espetáculo. "A Encenação é uma aula de história ao ar livre. São pessoas da comunidade e atores profissionais que encenam, de forma emocionante, um dos momentos mais importantes da história do Brasil. E neste ano o espetáculo está ainda mais especial: vamos mostrar a primeira eleição das três Américas, que aconteceu em São Vicente".

Cenário, figurinos e adereços de época, música especialmente composta para as exibições diárias, texto que narra o fato histórico, cenas minuciosamente coreografadas, explosões e efeitos especiais. Todos estes elementos compõem uma montagem enxuta, de pouco mais de uma hora de duração, e de grande impacto. Este ano uma cortina de água também terá atenção especial, valorizando ainda mais a magia da montagem. A Administração Municipal preparou ainda grande aparato de infraestrutura, que inclui segurança, atendimento médico, agentes de trânsito e espaços de apoio.



Roteiro:

A fundação da Vila de São Vicente é um marco na consolidação da democracia, já que a Cidade é considerada o berço deste sistema de governo por ter realizado a eleição popular que definiu a primeira Câmara das três Américas, em 1532.

A importância deste fato é ressaltada no roteiro São Vicente – Gênese do Brasil. O texto foi escrito por Cícero Gilmar Lopes dos Santos, vencedor do I Concurso Nacional de Dramaturgia Ronaldo Frutuoso realizado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) em agosto de 2009.

Na Encenação, a Democracia ganha voz, junto com os continentes América e Europa, para contar ao público a história de São Vicente e do Brasil. "A partir da leitura do Cícero, foram criados personagens fictícios para contextualizar passagens históricas", detalha o diretor do espetáculo, Roberto Marchese.

"O espetáculo vai abordar a evolução do sistema democrático, com a conquista do voto, o fim das ditaduras, até a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos", destaca o secretário de Cultura, Renato Caruso. Os continentes América e Europa, interpretados respectivamente por Cissa Guimarães e Rogéria, vão representar o encontro de dois mundos que contribuíram para a construção da cultura brasileira. "Quis trazer os continentes em forma humana para dar o devido valor à história", afirma o roteirista.

Além do destaque para essas dois personagens, o roteiro foi baseado no tema A Importância da Mulher, escolhido por voto popular. Cícero afirma que Índia Bartira e Ana Pimentel também vão ser papéis importantes na Encenação, "uma vez que as decisões históricas do nosso povo eram tomadas de acordo com os conselhos dados pelas mulheres".

Apesar de ter acompanhado o diretor Roberto Marchese na adaptação do roteiro ao maior espetáculo de areia de praia do mundo, o autor de São Vicente – Gênese do Brasil comenta que preferiu não assistir aos ensaios da Encenação. "Prefiro a surpresa. A ansiedade para ver o texto sendo interpretado é muito grande".



A Encenação do povo:

Marcante desde a primeira edição, nos idos de 1982, a participação popular na 28ª Encenação da Fundação da Vila de São Vicente será recorde este ano, com 1.270 atores da comunidade abrilhantando a arena montada na Praia do Gonzaguinha.

E se o tema deste ano é "Todo Poder Vem do Voto. São Vicente, a Primeira Democracia das Américas", a inserção da comunidade reflete esta democracia. "Temos crianças de 10 anos até pessoas com 90 anos de idade. Não há restrições: todos têm a sua importância na arena", salienta o secretário Renato Caruso. Também no elenco, 16 portadores de necessidades especiais ajudarão na realização da montagem, entre um cadeirante, deficientes visuais e síndrome de down.

Mais que coadjuvantes, os anônimos são fundamentais no espetáculo, divididos em Índios, Guerreiros, Belas Índias, Nobres, Corte Portuguesa, América e Europa, totalizando 16 núcleos. "Eles são a essência da Encenação. Inserimos tecnologia no decorrer dos anos, melhoramos a cenografia, caprichamos cada vez mais no figurino... mas a presença popular é o mais precioso, é a grande característica do evento", destaca o produtor executivo, Sérgio Guerreiro, que participou de 22 das 28 edições.

Os 1.270 figurantes voluntários ensaiam desde novembro no Centro de Convenções da Cidade. "A dedicação é visível em cada um dos participantes, comparecendo em todos os ensaios e com a certeza que integram a maior apresentação teatral em areia de praia do mundo", relata o secretário de Cultura, Renato Caruso.



Elenco Principal:

O elenco está completo. Estão confirmados os nomes dos atores nacionalmente conhecidos que participam da 28ª edição da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente. Com a direção de Roberto Marchese, eles se juntam a Marissol Dias, escolhida para interpretar o papel de índia Bartira, e aos 1.270 artistas da comunidade no maior espetáculo teatral em areia de praia do mundo.

Henri Castelli dá vida ao navegador português Martim Afonso de Sousa; Juliana Knust é Ana Pimentel, esposa do fundador de São Vicente; Júlio Rocha interpreta João Ramalho; Nuno Leal Maia vive Pedro Álvares Cabral; Cissa Guimarães representa a América e Rogéria a Europa.

Os atores chegaram a São Vicente na tarde de sexta-feira (15/01). Ansiedade, expectativa, empolgação e a vontade de atuar diariamente para um público de 8 mil pessoas são apenas alguns dos sentimentos expressados pelo elenco principal durante entrevista coletiva, realizada no salão do Ilha Porchat Club. O prefeito Tercio Garcia; o secretário de Cultura, Renato Caruso; o diretor geral Roberto Marchese; e Marissol Dias (Bartira) também participaram da coletiva à imprensa.

Henri Castelli, que já atuou em teatro ao ar livre com Paixão de Cristo, revelou estar ansioso com a estreia. "A Paixão é um espetáculo semelhante, mas não é tão grandioso quanto à Encenação de São Vicente". Castelli disse que tomou conhecimento do maior espetáculo em areia de praia do mundo há poucos anos. "Durante as gravações da novela Caras e Bocas, o Ary Fontoura (que viveu o padre Gonçalo Monteiro em 2003) falou da dimensão do evento e me aconselhou a participar. Estou muito empolgado".

Júlio Rocha disse ter estudado muito para compor o perfil do personagem João Ramalho. "É apaixonante interpretar uma figura histórica com espírito aventureiro e que ao mesmo tempo tem senso de humor". O ator também falou de sua ligação com a Cidade. "Na infância, as melhores férias de minha vida foram aqui. Foi um presente ser convidado para a montagem.".

Igualmente feliz em participar da peça, Juliana Knust revelou estar curiosa em conhecer a arena. "Com certeza vai ser uma experiência incrível". Cissa Guimarães elogiou a iniciativa cultural que representa a Encenação. "É um evento grandioso, maravilhoso e serve de exemplo para todo o País. Outras cidades deveriam fazer o mesmo". A atriz se sentiu surpresa com o convite de personificar o continente americano. "O personagem é lindo e sem dúvida será uma grande responsabilidade viver este papel".

Rogéria mostrou toda a sua espontaneidade durante a entrevista. "Adorei o papel de Europa. Tem tudo a ver comigo, afinal foi naquele continente que iniciei minha carreira internacional". Em sua sexta participação na Encenação, Nuno Leal Maia está lisonjeado em viver o descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral. "É muito bom estar em casa, ajudando mais uma vez a contar a história da Cidade onde nasci".

O elenco de renome nacional foi unânime sobre a importância da participação das 1.270 pessoas da comunidade vicentina e dezenas de atores de oficinas e grupos amadores da Baixada Santista. "Somos mais experientes, mas temos muito a aprender com os atores da região, pois eles têm total liberdade de palco na arena", destacou Cissa Guimarães. Para Henri, é um espetáculo mágico. "Sem a ajuda da comunidade não é possível realizá-lo. É este batalhão de voluntários que proporciona a sintonia e a harmonia com o público". Juliana Knust também se mostrou surpresa com a quantidade de pessoas em cena. "É maravilhoso interpretar ao lado de tanta gente".

Na sua estreia como atriz, Marissol Dias não escondeu a emoção. "Estou comovida com a receptividade dos atores principais". Júlio Rocha teceu elogios à Bartira. "Foi uma grande escolha e o público pode esperar cenas românticas entre a Índia Bartira e João Ramalho", adiantou.

O diretor geral, Roberto Marchese, destacou que este é um momento especial da Encenação. "Já dirigi o espetáculo várias vezes e creio que existem três grandes momentos entre as 28 edições: o primeiro em 1982, quando lançamos a peça ao ar livre; o segundo quando foi transformada em um megaespetáculo em 1998; e agora, em 2010, pois é um grande marco agregar novas tecnologias com a tradição".

Para o prefeito Tercio Garcia "a cada ano a apresentação supera as expectativas. Nesta edição, temos a democracia como foco principal. A participação da comunidade e a escolha de Bartira pelo voto popular são exemplos disso". O secretário de Cultura, Renato Caruso, ressaltou a grandiosidade da montagem e convidou a todos para prestigiar o evento.



Perfil:

Roberto Marchese – Diretor da primeira Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, Roberto Marchese já dirigiu o espetáculo mais de cinco vezes. Iniciou a carreira teatral em 1964. Na década de 1970 passou a fazer cinema e TV. Na sua carreira são mais de 600 trabalhos, entre comerciais, institucionais, documentários entre outros.

Henri Castelli - Estreou na TV em 1998, com uma participação na minissérie Hilda Furacão. Em 2000, viveu o badboy Dino na novela Esplendor. Em 2002, ganhou seu primeiro protagonista, em Malhação. Deixou a atração para viver o músico Hugo na novela Celebridades. Em 2004, viveu seu primeiro vilão em novelas, como J.J. de Como uma Onda. Voltaria ao posto de antagonista em 2006, como o Estêvão, de Cobras e Lagartos. Entre um trabalho e outro, participou da novela Belíssima, mas seu personagem teve uma morte misteriosa logo no começo da trama. Após quase três anos sem fazer novelas, retornou ao vídeo como o atrapalhado Vicente, de Caras e Bocas.

Juliana Knust - Iniciou sua carreira em 1997, em Malhação. Teve participações em programas como Você Decide e Bambuluá, Sítio do Picapau Amarelo e Carga Pesada. Juliana atuou no seriado Sandy e Júnior, mas foi ao lado de Malu Mader, na novela Celebridades, onde interpretou Sandra, que a atriz consolidou a carreira. Participou também das novelas América, Cobras e Lagartos e Duas Caras. Foi capa de diversas revistas, entre elas VIP, Boa Forma e Playboy.

Júlio Rocha - Começou a carreira de ator aos 14 anos. Estudou no Teatro-escola Célia Helena, e depois na Faculdade de Teatro do Rio de Janeiro. Apareceu pela primeira vez na telinha como Rodrigo, de Louca Paixão. Em 2001, atuou em Porto dos Milagres, dando vida ao personagem Luciano. Depois de participação em A Diarista, recebeu o primeiro papel de destaque. Foi o JB na novela Duas Caras. Atuou ainda de Paraíso Tropical, Pé na Jaca, e Caras e Bocas.

Cissa Guimarães - Experiente atriz e apresentadora, estreou na televisão em 1980, na novela Coração Alado. Integrou o elenco de diversas novelas, com destaque para Elas por Elas, Perigosas Peruas, Zazá, O Clone e O Caminho das Índias. Outro destaque foi sua participação no programa Video Show, onde atuou durante muitos anos como narradora e repórter.

Nuno Leal Maia - Esta é a quinta participação do ator na Encenação. Santista de nascimento foi criado em São Vicente. Estreou na televisão em 1976, na novela Estúpido Cupido. Deste folhetim até os dias de hoje foram 17 novelas, três minisséries, dois seriados e dezenas de filmes.

Rogéria - Ator transformista brasileiro, destaca-se com participações no cinema, teatro e televisão nacional desde a década de 1970. Participou também como jurada de programa de auditórios, como Chacrinha. Teve oito atuações em programas e seriados de televisão. Seu trabalho mais recente foi na novela Paraíso Tropical, em 2007.



A Bartira que veio do povo:

Cidadã vicentina de coração, Marissol Dias não esconde a ansiedade para o início do espetáculo que marca a estreia de sua carreira como atriz. Ela conta que desde pequena, nas ruas do bairro do Japuí, brincava com as amigas e sonhava em ser bailarina do Faustão.

Há dois meses a rotina da jovem de 26 anos mudou completamente. O tempo para "malhar", cuidar do corpo, está escasso. Resultado do aumento da popularidade e das novas oportunidades de trabalho. Ela teve que abandonar também o trabalho de frentista de posto de combustível, mas agora começa a dar asas aos sonhos que nutria até os 18 anos e que precisou abandonar por causa das responsabilidades da vida adulta.

Marissol participa dos ensaios junto com os 1.270 atores da comunidade. E diz que tem aprendido muito com os colegas. "Eu sou um deles, e todos me dão um carinho de graça, tão especial, que eu me esforço para retribuir", garante Marissol. "A população de São Vicente e da Baixada Santista apostou em mim para representar a Bartira, uma responsabilidade que quero corresponder dando o meu melhor", complementa emocionada.

A academia e a dieta ficaram um pouco de lado, mas agora Marissol tenta recuperar a rotina de treinos, regrar a alimentação, usando também suplementos vitamínicos, para garantir, além da performance artística, um corpo perfeito para os dias do espetáculo.

Pouco antes de entrar na arena para os ensaios finais, e já na pele de Bartira, Marissol convida a população para assistir ao espetáculo e diz, "quero que cada morador da Cidade, cada vicentino, se sinta representado no espetáculo. Eu estarei lá representando cada um deles." E para o futuro, a morena já decidiu onde vai investir. "Vou me aplicar nas minhas duas paixões: na academia, que sempre fez parte da minha vida, e no teatro, que descobri ser a melhor terapia que existe. Se rolar oportunidades na TV, será fruto do meu trabalho e da minha dedicação".



Atores da região:

A 28ª da Encenação traz um resgate histórico para os atores do elenco de apoio, que acompanharam transformações no decorrer do tempo. Muitos deles participaram da primeira edição, em 1982, e retornam em 2010, como Rubens França, que participa do projeto Do Jeito da Gente, do Centro de Aprendizagem do Metódica e Profissional de São Vicente (CAMP-SV). "Com o tempo, os profissionais de artes cênicas da Cidade estão sendo cada vez mais reconhecidos, graças à Encenação", comenta. Hoje, França é assistente de direção de núcleo da corte infantil portuguesa e vai estar em cena para auxiliar as crianças. "Na arena, a sensação de liberdade para atuar é muito maior do que no teatro", explica.

"É possível sentir a emoção e a troca de energia ainda nos ensaios", conta Cláudio Fernandes, criador da Companhia de Teatro Pernilongos Insolentes Pintam de Humor a Tragédia, que existe há 23 anos. Ele interpreta D. João III e confessa que sempre quis participar da Encenação. "Apesar de acompanhar somente como espectador pude perceber ao longo do tempo o reconhecimento e a aceitação da comunidade", completa.

Atores experientes ainda se surpreendem com a energia do público. "A emoção do teatro é multiplicada em 8 mil vezes na arena", diz o vencedor do Prêmio Plínio Marcos 2009 como Melhor Ator, Carlos Bellini, diretor da Companhia de Teatro Experimental dos Metalúrgicos. Bellini interpreta D. Manuel I e participa há 11 anos da Encenação.

O desafio para todos os atores do elenco é a preparação do personagem, conta Rosane Paulo, melhor atriz do Curta Santos 2007. Ela treinou muito o sotaque português, já que interpreta D. Maria Aragão. "Este ano minha personagem só aparece na cortina de água, por isso a linguagem usada é mais cinematográfica". Rosane participa há 13 anos do espetáculo e explica que o roteiro "coloca em evidência a importância da mulher e da mãe".

Damiana Albuquerque, que interpreta a Senhora Democracia, narradora da história, complementa que "o roteiro destaca a importância do voto e da mulher no contexto histórico, voltada para a vida da Índia Bartira, desde seu nascimento". A atriz faz parte do grupo teatral Artistas em Ação, participa há dez anos no espetáculo e explica que teve que reduzir os movimentos e expressões para gravar o áudio e o vídeo. "O audiovisual despertou em mim um outro lado artístico, fazendo com que sentisse mais meu personagem. Posso dizer que a Encenação me transformou como atriz", afirma.



Coreografia:

Minueto, coreografias simultâneas e movimentos interagindo com a cortina de água são algumas das novidades da 28ª Encenação da Fundação da Vila de São Vicente.

Uma das atrações mais esperadas do espetáculo deste ano é a apresentação de um minueto, dança de origem francesa, muito popular no século XVIII. O minueto é dançado em pares e caracterizado pela nobreza dos movimentos. Na Encenação, 16 pares integram o núcleo "Baile da Corte" e realizam uma versão contemporânea do minueto em dois palcos montados na areia. O núcleo é formado por dançarinos do Balé Jovem de São Vicente e da Companhia The Best of Dance.

Outro detalhe inovador deste ano é a composição da trilha sonora a partir do andamento, marcação e ritmo das coreografias. Além disso, as sequências terão movimentos mais amplos que nas edições anteriores, formando figuras geométricas e imagens por toda a areia. A coreografia também será marcada pela apresentação simultânea de diferentes grupos e pela interação com a cortina de água, grande novidade tecnológica desta edição. A personagem Índia Bartira, interpretada por Marissol Dias e um dos destaques do roteiro de Cícero Lopes, realizará cenas de lutas coreografadas, em vez dos tradicionais passos indígenas.

Douglas Rebelo, em seu sétimo ano consecutivo como diretor de coreografia, diz que um dos maiores desafios é trabalhar a consciência corporal em pessoas pouco acostumadas com os movimentos da dança. Alguns integrantes do elenco participam das oficinas culturais oferecidas pela Prefeitura e já têm preparo. O diretor explica também que, apesar da marcação da maioria das cenas, algumas sequências permitem improvisação de acordo com o biótipo e caracterização dos personagens. A partir de algumas definições do diretor geral Roberto Marchese, Rebelo teve a liberdade criativa para criar a coreografia.



Cenário:

A América e a Europa tornam-se personagens principais, representadas por esculturas que chegam a medir um pouco mais de três metros de altura. Essa é uma das novidades que a equipe de direção de arte traz para a Encenação deste ano. O cenógrafo Marcelo Blanco, que trabalha há sete anos no espetáculo, teve muita liberdade poética para fazer uma leitura bastante lúdica da chegada de Martim Afonso em terras tupiniquins. "O trabalho exige muita dedicação e paciência, mas faço o que gosto".

Os continentes americano e europeu são como os protagonistas da história e o que mostra essa proposta são os 14 elementos cênicos móveis, feitos com isopor. Essas esculturas intencionam peças de xadrez e serão empurradas pelos atores por uma passarela. Sete delas representarão o séquito americano, com referências aos povos maias, incas e astecas, além do povo indígena brasileiro. As outras sete representarão o europeu, que tem intenção gótica, com gárgulas e torres.

Blanco explica que todas as peças foram pensadas a partir do roteiro vencedor do Prêmio Ronaldo Frutuoso. O cenógrafo Rogério Falcão e o diretor Roberto Marchese ilustraram a trama e a equipe de Blanco, composta por sete ajudantes entre artistas plásticos, artesãos e o mestre escultor Ginez Munhoz, tirou do papel. Os trabalhos já estão em fase de acabamento.

De acordo com a equipe, é necessário um dia inteiro para confeccionar apenas duas esculturas, que chegam a 3,2m de altura - as menores medem 2,5m. Cada peça usa, aproximadamente, 20 blocos de isopor. Para pintá-las, os artistas trabalham com a técnica de aerografia – prática que consiste em executar a pintura com um instrumento que opera por meio da pressão de ar, criando jatos de tinta.

Apesar do roteiro novo, Blanco explica que há um fio condutor histórico do qual não se pode sair. Por isso, alguns elementos cenográficos das edições anteriores foram restaurados para serem usados este ano, como lanças, arcos, entre outras peças mais simples.

MARCELO BLANCO – Artista plástico, Blanco é formado há 12 anos pela Escola de Belas Artes de Barcelona, na Espanha.



Figurino:

Dez mil metros de tecidos, 30 quilômetros de barbante, 1.065 pares de sapato... Ponto forte da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, o figurino que veste os 1.270 voluntários da comunidade mais os sete integrantes do elenco principal exige o empenho de um verdadeiro exército de profissionais da costura. São mais de 80 pessoas envolvidas na confecção, desde a concepção até o arremate de cada peça. Tudo para caracterizar de forma realista índios, navegantes, corte portuguesa entre outros núcleos, conforme detalha o responsável pelo figurino, o produtor executivo Sérgio Guerreiro.

"Temos um QG central, onde realizamos a criação, modelagem e corte. Na sequência, todo este material é distribuído por mais seis células para montagem e acabamento". Ele conta que 30% das peças são do acervo, enquanto os outros 70% são vestimentas novas para atender os núcleos da edição 2010.

E não são apenas as roupas que formam o figurino. Adereços e acessórios também precisam estar prontos a tempo para a estreia, em 18 de janeiro, na arena montada na Praia do Gonzaguinha. São chapéus, espadas, lanças, bolsas, colares entre outros objetos que contribuem para dar mais veracidade à montagem.

Sérgio Guerreiro adianta que o núcleo Europa terá no figurino a predominância do roxo e preto, cores que representam a decadência do Velho Continente no período da colonização americana, no século XVI. Já o núcleo América surgirá com cores vivas, entre o laranja, o verde e o azul, numa explosão de alegria que representa a miscigenação que formou o Novo Mundo.



Adereços e assessórios:

Com o objetivo de acompanhar a ideia e complementar o trabalho do diretor Marchese, os adereços e acessórios produzidos pelo artista plástico Jésus Seda vêm para abrilhantar a Encenação. As peças trazem o tom sombrio representando o caminho da Europa à América e se tornam coloridas com a chegada ao Brasil.

São 300 adereços e acessórios produzidos em isopor e espuma, com tratamento para a chuva. Esses materiais são leves, facilitam a locomoção e garantem o conforto dos atores. "O grande desafio do profissional é abusar da criatividade para criar objetos grandes e bonitos, mas ao mesmo tempo, práticos e leves, que atendam as necessidades da produção e não atrapalhem a performance dos atores", explica Seda.

Os adereços são peças que completam o figurino, como por exemplo, as cabeças de bichos e outros. Já acessórios são as peças usadas pelo personagem, como espada, lança etc.

Entre os adereços produzidos por Seda estão flores, frutos e animais como pássaros, tartarugas, peixes, águias ratos e outros, assim como as cabeças de bichos que serão usadas pelos atores. As peças foram feitas em um mês, por uma equipe de seis profissionais de São Paulo e Campinas.

Um lençol e cadeiras que representam a América e a Europa, respectivamente, foram as maiores peças confeccionadas para a Encenação. Ambas possuem seis metros de altura e três de comprimento, e pesam cerca de 15 quilos. Para transportá-las, é preciso de quatro a cinco operadores.

CURRÍCULO - Jésus Seda é artista plástico especializado em cenografia e dramaturgia. Participa do espetáculo da Fundação da Vila de São Vicente pela quarta vez. De renome internacional, é autor de trabalhos como os bonecos do Castelo Rá-tim-bum, Ilha Rá-tim-bum e a Índia Oriba do Cocoricó, programas da TV Cultura. No SBT, fez os bonecos do Programa do Ratinho e na Globo elaborou os bonecos do Programa da Angélica, Garrafinha, Programa da Xuxa, entre outros. Produziu bonecos também para outras emisssoras como Record e Band.



Estrutura e iluminação:

Para o sucesso de um espetáculo é necessária a combinação de um elenco competente e ampla estrutura. Foi debaixo de sol que 70 trabalhadores montaram a arquibancada da Encenação, que tem capacidade para 8 mil pessoas a cada dia de apresentação. A estrutura da arquibancada tem 1.000 toneladas e aproximadamente 12 metros, e foi dividida em quatro cores, representando uma localização. Os setores, amarelos e verdes ficam na parte central cujo preço dos ingressos é R$ 10,00. Já os vermelhos e azuis ficam nas laterais e custam R$ 7,00.

Além da arquibancada, na arena existirá uma área especifica para cadeirantes e dois palcos para as apresentações de dança. Na parte externa serão montados seis camarins para o elenco principal e os artistas da comunidade. Ainda será erguido um lounge para recepção de autoridades e acesso aos camarotes, que ficarão na parte superior da arquibancada. Serão armados ainda estandes das secretarias de Cultura, Turismo, Imprensa e Comunicação Social, Saúde, Polícia e Guarda Civil Municipal.

Outra novidade é a Cortina de Água. Nela serão apresentadas imagens em alta definição de lendas e personagens. Os dois projetores que serão utilizados contam com 60 mil lumens, o que dará uma sensação de tela de cinema. A bomba tem potência de 60 mil cavalos e alcance de 30 metros de altura, porém as figuras da Encenação serão projetadas em uma parede de água de 47 mil metros cúbicos por 14 metros de altura, para melhor visualização do público.

Luz - Na iluminação, serão utilizados 4 tipos de refletores: os convencionais par 64 (luz fixa com distribuição do fluxo luminoso inalterado do começo ao fim do espetáculo), equipamentos de led (luz direta com cores mais vivas e saturadas), as luzes de marcação elipsoidais (muito utilizadas em teatro, funciona de forma semelhante a um canhão de luz) e as moving lights (luzes de alta tecnologia que têm movimentos e controle computadorizados).



Maquiagem:

Essencial para compor um personagem , a maquiagem bem feita tem, para o ator, papel fundamental na hora da interpretação. Para ajudar nessa preparação, 120 maquiadores estão escalados para a 28ª Edição da Encenação. A equipe de profissionais é dividida em dois grupos: um de maquiagem artística e outro de maquiagem social.

O diretor geral de maquiagem artística, Fernando Pompeu, detalha que o destaque fica por conta do núcleo dos coringas. Esses personagens estarão em cena durante toda a peça, com um estilo futurista abusando das cores metálicas que ajudam a complementar o figurino do núcleo.

"Esse ano o diretor Roberto Marchese traz uma proposta de um espetáculo muito visual. Portanto a aparência é um dos elementos fundamentais. A maquiagem vai impressionar o público", revela Pompeu.

Para a composição da maquiagem da Índia Bartira foram pesquisados vários tipos de desenhos indígenas até chegar ao conceito final. Tudo isso aprovado pela própria intérprete, Marissol Dias, que participou da seleção. Já para as atrizes Cissa Guimarães e Rogéria – que interpretarão, respectivamente, América e Europa – está reservado um look inspirado na riqueza, com cores em prata e ouro.

A parte de maquiagem social é destinada a núcleos como, por exemplo, a corte portuguesa e o clero que necessitam de um visual mais convencional. Encarregados dessa tarefa estão os maquiadores e cabeleireiros, Fabio Alves e Kauã Karasiak.

Um evento grandioso como a Encenação necessita que toda a produção seja avaliada nos mínimos detalhes. E o tipo de maquiagem utilizada não fica de fora desse processo. Além de serem feitos com produtos naturais, não causam alergias e são resistes à luz. A tecnologia é a mesma usada pelas Escolas de Samba do grupo especial do Rio de Janeiro e São Paulo.

Currículo - Esta é a 11ª vez que o maquiador Fernando Pompeu participa da Encenação. Pós-graduado em maquiagem teatral, Pompeu já integrou grupos teatrais de Santos, São Vicente e São Paulo. Em 2005, foi indicado ao prêmio Avon Color, além de ter recebido vários prêmios na categoria.



Trilha Sonora:

A Encenação de 2010 terá novidades na parte musical. A trilha sonora composta exclusivamente para o espetáculo pelo diretor musical João Derado e pelo compositor e maestro Mauricio Domene promete fugir do que já foi feito.

De acordo com João Derado, a música será cinematográfica para acompanhar a quantidade de tecnologia e a grandiosidade das apresentações, não perdendo as características indígenas e os elementos europeus e americanos. "Haverá um mix orquestral e indígena com o uso de instrumentos modernos como violoncelo e violino, utilizados pela primeira vez na montagem. O estilo das músicas será eclético para sair do óbvio, sem músicas que marcaram épocas".

Outra novidade é o uso do sistema Sun Designer que nada mais é que um recurso de sonorização especial que aparece nas mudanças de cena costurando as músicas e nas cenas de ação. Toda a parte sonora será gravada e acoplada, não tendo música ao vivo.

DERADO e DOMENE – publicitário de 59 anos, 39 de profissão, João Derado participou da produção sonora de peças publicitárias veiculadas nacionalmente. Tem uma empresa de publicidade e esta é a sua segunda colaboração na Encenação – a primeira foi em 2004. Já Maurício Domene é maestro, compositor, músico e arranjador.



Equipe de apoio:

Além dos atores e de um bom roteiro, a Encenação conta com profissionais que ajudam para que tudo transcorra normalmente. Neste ano, são mais de 200 pessoas envolvidas neste serviço de apoio, 70 delas somente para a montagem da estrutura, como palco e arquibancadas.

Quanto aos serviços oferecidos no local, nove estandes estarão disponíveis para atendimentos emergenciais e orientação ao público. Dentre estes, haverá dois espaços para a Saúde - um com ambulância à disposição e o outro com material de prevenção à AIDS e distribuição de camisinhas. Um estande da Secretaria de Turismo (Setur) e outro da Cultura (Secult) também serão instalados para informações. Na área de segurança, foram montadas estruturas para a Polícia Militar e Guarda Civil Municipal.

A Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) preparou uma ação especial para a limpeza urbana de toda a área. A Secretaria de Transportes, Segurança e Defesa Social (Setrans) reforçará a equipe de agentes de trânsito para monitorar e garantir a fluência do tráfego e a segurança dos pedestres.



Cobertura:

Além da cobertura jornalística entre 18 e 24 de janeiro, a Encenação da Fundação da Vila de São Vicente será transmitida todos os dias ao vivo Net e TV Primeira. A emissora Santa Cecília TV veicula ao vivo a estreia do espetáculo, no dia 18. No dia 22 de janeiro, o site da TV Tribuna (www.tvtribuna.com) transmitirá o espetáculo também ao vivo.

Para a imprensa, será destinado um estande exclusivo para o credenciamento diário dos profissionais de comunicação.



História:

São Vicente, a Primeira Vila do Brasil, foi fundada por Martim Afonso de Sousa em 22 de janeiro de 1532. A cidade ganhou este nome em homenagem a São Vicente Mártir. Logo após a chegada, Martim Afonso adotou o sistema político-administrativo nas novas terras, instalando a Câmara, o Pelourinho, a Cadeia e a Igreja, os principais e essenciais símbolos da colonização e das bases da administração portuguesa. O título oficial de Vila representava mais benefícios para o povo, já que esse era o termo para designar uma cidade organizada. É por isso que São Vicente recebeu o título de Cellula Mater da Nacionalidade, ou simplesmente, a Primeira Cidade do Brasil.

Devido à importância estratégica e geográfica da Cidade, Martim Afonso coordenou, em 22 de agosto de 1532, as primeiras eleições populares das três américas, instalando a primeira Câmara de Vereadores do continente. Por isso, São Vicente é considerado o Berço da Democracia Americana.

A economia de São Vicente baseava-se na agricultura, com destaque para o trigo, a vinha e a cana-de-açúcar. Já os índios cultivavam mandioca, milho, arroz, algodão e batatas. Martim Afonso também idealizou uma instituição que representava os colonos nas negociações de venda e exportação dos produtos locais.

O progresso da Vila era tal que muitos colonos portugueses pensaram em buscar as famílias que haviam deixado para trás. Foram tempos de glória e prosperidade da economia da Vila e de toda redondeza que era concentrado aqui. Por isso, São Vicente abrigou o primeiro empório marítimo da costa, onde hoje está o Porto das Naus. Também foi de São Vicente que saíram as primeiras expedições portuguesas para o Interior, inclusive a que fundou a Vila de São Paulo de Piratininga, atual São Paulo.

Hoje, a Cellula Mater conta com cerca de 323 mil habitantes, mas ainda mantém a singeleza do povoado que um dia foi.



Elenco:

Atores Convidados

HENRI CASTELLI - MARTIM AFONSO

JULIO ROCHA - JOÃO RAMALHO

JULIANA KNUST - ANA PIMENTEL

ROGÉRIA - EUROPA

CISSA GUIMARÃES - AMÉRICA

NUNO LEAL MAIA - CABRAL

MARISSOL DIAS - ÍNDIA BARTIRA



Personagens de destaque:

SENHORA DEMOCRACIA - DAMIANA ALBUQUERQUE

NINFA - ELEMENTO ÁGUA - LUCIANA XAVIER

NINFA - ELEMENTO FOGO - PALOMA NAVAS

NINFA - ELEMENTO AR - PAMELA SANTIAGO

NINFA - ELEMENTO TERRA - ANDREZZA FRANÇA

CEUCI - JUCÉLIA FERRAZ

JURUPARI E TIBIRIÇÁ - LUIGI MORAIS

BUFÃO - EDIVALDO COSTA

VELHO PROFESSOR - OSWALDO DE ARAUJO

MENINO MARTIM - GUILHERME AUGUSTO RODRIGUES DA SILVA

INDIO VELHO - JAIME LOPES

ARAUTO E VASSALO - RÔMULO CRESCENTE

D. JOÃO III - CLAUDIO FERNADES

DONA MARIA DE ARAGÃO - ROSANE PAULO

D. MANUEL - CARLOS BELINI

JOVEM MARTIM - PATRICK DA MOTA LARA

PORTUGUÊS - RODRIGO CAESAR

ÍNDIA TERRA BRASILIS - MARIA JULIA ASSUPÇÃO DA ROCHA

CONS. ANTONIO CARNEIRO - LUCIANO ANDRADE

DOM FRANCISCO DE PAULA - RICARDO MENEZES

CONDE DE VILA NOVA - GUSTAVO ROEEMER

REPRESENTANTE DA IGREJA - ROBERTO GONÇALVES

GRUPO DE MARINHEIROS - CLAUDIO SALVATORE

GRUPO DE SOLDADOS - RICCO SILVA

HOMEM DA CIÊNCIA - ROGÉRIO BARSAN

BACHAREL - DINO MENEZES

ÍNDIO VIGIA - SANDRO RODRIGUES DE ALMEIDA

PADRE ESPANHOL - RICARDO MIGUEL SANCHEZ

PADRE GONÇALO MONTEIRO - BETO SANTOS

PERO LOPES DE SOUZA - JOSÉ ROBERTO MARQUES

CANTOR CLERO - JONATAN PRADO DOS SANTOS

MÚSICOS - PRISCILA BORGES (HINO DE SÃO VICENTE) E BANDA OPEN GATE (HINO NACIONAL)



Ficha Técnica:

DIREÇÃO GERAL - ROBERTO MARCHESE

CO–DIREÇÃO - ADNA CRUZ

DRAMATURGIA - CÍCERO LOPES

PRODUTOR EXECUTIVO - SÉRGIO GUERREIRO

SUPERVISÃO GERAL - RENATO CARUSO

DIRETOR DE ELENCO - LUIGI MORAIS

DIREÇÃO COREOGRAFIA - DOUGLAS REBELO

DIREÇÃO DE ARTE - ROGÉRIO FALCÃO

DIREÇÃO MUSICAL - JOÃO DERATO

DIREÇÃO DE VISAGISMO - FERNANDO POMPEU E FABIO ALVES

DIRETOR FIGURINO - SÉRGIO GUERREIRO

DIRETOR DE ADEREÇOS - JESUS SÊDA

DIRETOR DE CENOTÉCNICA - MARCELO BLANCO

DIREÇÃO DE ILUMINAÇÃO - SUNSHINE

COORD. PROD. EXECUTIVA - CLAUDIA RAMACCIOTTI, DIEGO SPÓSITO

ASSISTEMTE DE ILUMINAÇÃO - ALESSANDRO CRUZ

SONOPLASTA - RENATA BALBINO, ROSI PADRON

COREÓGRAFOS - GEYSA ALENCAR, SABRINA OLÍMPIO E MARIA TORNATORE

ASSISTENTE DE MAQUIAGEM - KAUÃ KARASIAK, ANDRÉA ALVES

ASSESSORIA DE IMPRENSA - CLÓVIS VASCONCELLOS



Cenas Descritas:

Cena 01 - BIG BANG

Coringas entram em cena. O Universo nasce através do Big Bang, iniciando assim a história da humanidade.

Cena 02 – NINFAS

Surgem as Ninfas. Elas são deusas tribais que representam os quatro elementos da natureza e evidenciam a força materna que move o planeta.

Cena 03 - DANÇA COLETIVA

Trajetória da humanidade, seus principais aspectos e a democracia. Nascimento da civilização indígena.

Cena 04 - DEMOCRACIA – SURGE BARTIRA

Nasce a personagem Senhora Democracia que fará a narrativa do espetáculo. De uma Flor de Manacá, nasce também Índia Bartira.

Cena 05 – DEMOCRACIA

Senhora Democracia se apresenta, enfatizando seu trajeto na história.

Cena 06 - SÉQUITOS EUROPA E AMÉRICA

Cortejos de apresentação da Europa e da América, seus conflitos e interesses através dos tempos.

Cena 07 - VELHO PROFESSOR E ÍNDIO VELHO

Martim e Bartira ainda crianças e suas contradições entre ensinamentos ultrapassados e seus sonhos de novos horizontes.

Cena 08 - OS AFOGADOS

Formação das tribos. Índios trazem para o centro da aldeia homens brancos náufragos. Bartira conhece João Ramalho.

Cena 09 - CABRAL

Após o descobrimento do Brasil Cabral é homenageado. Entretanto, por divergir do rei D. Manuel I, é esquecido pelo povo português. Na sua solidão Cabral encontra o jovem Martim Afonso.

Cena 10 - PESADELO

Após farto banquete, o rei D. João III tem um grande pesadelo. Caberá a ele evitar que outras nações tirem o Brasil de Portugal.

Cena 11 – CASAMENTOS

Casamentos e núpcias de Bartira e João Ramalho em terras brasileiras e de Martim Afonso e Ana Pimentel em solo espanhol. Núpcias de Martim Afonso é interrompida pelo chamado do Rei D. João III.

Cena 12 - O CONSELHO E EMBARQUE DE MARTIM AFONSO

Pressionado por seus conselheiros e pelas lembranças de sua saudosa mãe, Dom João III convoca Martim Afonso. Com todas as honrarias o capitão-mor embarca para São Vicente.

Cena 13 - RAMALHO E BARTIRA EM NÚPCIAS

Ainda em núpcias João Ramalho e Bartira seguem na miscigenação da raça brasileira e refletem sobre a vinda dos portugueses.

Cena 14 – BACHAREL

Preocupado com a perda de seus negócios em Cananéia, Bacharel Cosme Fernandes questiona João Ramalho sobre a vinda de novos portugueses.

Cena 15 - DESEMBARQUE E FUNDAÇÃO

Após longa viagem, Martim Afonso chega a São Vicente. O conflito entre Índios e Portugueses parece iminente, mas Tibiriçá intervém. Atendendo ao pedido de seu pai, Bartira fala para tribo de sua vida com João Ramalho. A paz é estabelecida e Martim Afonso dá início à fundação da Vila, com grande destaque à construção da Casa de Câmara e realização da primeira eleição das Américas.



Realização:

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE

SECRETARIA DA CULTURA



Apoio:

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE

SECRETARIA DE COMÉRCIO, INDÚSTRIA E NEGÓCIOS PORTUÁRIOS

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO E MANUTENÇÃO VIÁRIA

SECRETARIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO SOCIAL

SECRETARIA DA FAZENDA

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE

SECRETARIA DE NEGÓCIOS JURÍDICOS

SECRETARIA DA SAÚDE

SECRETARIA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E COMBATE À FOME

SECRETARIA DE TRANSPORTES, SEGURANÇA E DEFESA SOCIAL

SECRETARIA DE TURISMO

SUBPREFEITURA DA ÁREA CONTINENTAL

ASSESSORIA ESPECIAL DE ASSUNTOS DA MULHER

ASSESSORIA ESPECIAL DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE SÃO VICENTE

Fonte: http://www.anttenados.com.br/ver_noticia.php?id=2423

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