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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Diretor da Encenação de São Vicente conta as novidades para o espetáculo

Novos personagens, movimentos inovadores, núcleos diferentes, releitura do enredo e utilização de tecnologia de ponta como parte dramatúrgica. Esse é o mix de novidades que a 28ª edição da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente prepara para o espetáculo que acontece entre 18 e 24 de janeiro, conta o diretor Roberto Marchese.

Marchese já dirigiu o espetáculo mais de cinco vezes e, ainda assim, garante que não faltam novas ideias para deixar a história da Fundação da Primeira Vila do Brasil renovada. “O contexto está modificado desde o início do processo da produção do próximo espetáculo, com a escolha do roteiro, do personagem de destaque, a escolha da índia Bartira”. Ele ressalta que montar uma peça desse porte a partir de um roteiro é sempre um desafio. Por isso, com base no texto de Cícero Gilmar Lopes dos Santos (São Vicente – Gênese do Brasil), vencedor do I Concurso de Dramaturgia Ronaldo Frutuoso, fez adaptações. “A partir da leitura do Cícero, foram criados personagens irreais para contextualizar passagens históricas e ainda vamos enfatizar a Cidade como o ‘berço da democracia’”.

Outra novidade que promete surpreender os cerca de 60 mil espectadores que assistem à Encenação todos os anos é a utilização de uma cortina d’água - tecnologia que permite a diversidade de recursos visuais -, introduzida pela primeira vez como parte dramatúrgica de um espetáculo teatral, de acordo com o diretor. Além disso, a mulher terá um destaque maior. “Antes, a figura feminina era só um personagem ilustrativo e agora vai receber a importância que merece”. A índia Bartira será interpretada por Marissol Dias, eleita por meio de concurso.

Na primeira Encenação dirigida por Marchese, em 1982 - e primeira da história de São Vicente, “tudo era muito diferente”, conta. “Nesta época foram usados recursos mínimos, eram 150 atores. Depois, comandei o espetáculo por mais uns anos seguidos e, em 2004, quando fui convidado novamente, o evento já estava com outro status, grande estrutura, conhecido no mundo todo, realmente se transformou em um evento empolgante ao longo dos anos”. Ele afirma que em 2010 serão 1.200 atores da comunidade, dos 10 aos 91 anos, entre eles portadores de necessidades especiais.

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